Basílica Menor de Santo Antônio do Embaré
Ordem dos Frades Menores Capuchinhos
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Diocese de Santos
A Celebração da Ceia do Senhor abriu o Tríduo da Paixão, Morte e Ressureição de Cristo, o ponto mais alto do ano litúrgico. Jesus instituiu a Santa Eucaristia nesta última refeição e, em gesto de humildade, lavou os pés de seus doze discípulos, para que eles fizessem o mesmo em sinal de amor e serviço. Essa passagem foi relembrada por nosso pároco e reitor Frei Paulo Romêro na missa de Quinta-feira Santa, com a Basílica do Embaré lotada e em clima de profunda oração.
O pároco, em sua homilia, explicou que, naquela noite santa, quando Nosso Senhor sabia que já havia chegado a Sua hora, desejou ficar uma última vez com seus amigos e cear com eles. Na ocasião, Jesus se deu nas espécies do pão e do vinho, porque, no dia seguinte, ia se dar na cruz. “O rito da Última Ceia, a Ceia do Senhor, não é um rito vazio ou teatral. Fundamentalmente, é um rito que exprime uma vida doada. Jesus se dando na Ceia porque ia se dar na cruz, deu-se a Si mesmo a vida toda. Por isso lava os pés dos doze”, afirmou.
Naquela época, lavar os pés dos convidados era função do servo da casa. Por isso, Jesus lavou os pés dos discípulos, pois havia dito: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos”. Diante disso, o celebrante destacou que Jesus nunca realizou sequer um milagre em benefício próprio. Ao contrário, Ele foi todo serviço ao Pai e, por amor ao Pai, serviço aos irmãos.
“Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”. Partindo desta constatação, Frei Paulo destacou a reação de Pedro, quando Jesus quis lavar seus pés. Pedro rejeitou a ação e Jesus respondeu que, se não o lavasse, se não o servisse, se não derramasse seu Sangue por Pedro e por todos, ninguém teria parte com Ele. “É essa a entrega total de Jesus, seu eterno serviço de amor, que nos salva”, prosseguiu.
VIDA DOADA
Frei Paulo explicou que o Sangue da Nova e Eterna Aliança significa a vida doada, entregue até as últimas consequências. Já o sangue de cordeiro entregue pelos judeus não era doado livremente, pois o cordeiro não tinha livre escolha. O Cordeiro Pascal, que é Jesus, declarou que ninguém lhe tirou a própria vida, uma vez que Ele a doou livremente.
E concluiu: “Jesus, hoje, quer ficar conosco também. Por isso se dá todos os dias com sua Presença Real na Eucaristia. Mas também a nós Jesus questiona como o fez aos discípulos: ‘Compreendeis o que acabo de fazer? ... Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz’. Portanto, a exemplo de Jesus, devemos fazer de nossa vida um serviço de amor ao Pai e, por amor ao Pai, servir aos irmãos. Meu irmão e minha irmã, sejamos gratos ao Senhor por tão grande Mistério! E que esse Tríduo Pascal que estamos iniciando com essa celebração nos faça mais uma vez, e de modo mais profundo, estarmos unidos a Cristo em sua Paixão, Morte e Ressurreição”.
Após a homilia, Frei Paulo, na escada em frente ao altar, repetindo o gesto de Jesus, lavou, secou e beijou os pés de doze fiéis, representando os discípulos. Depois seguiu pelo corredor central e repetiu a ação com vários integrantes da assembleia, simbolizando o mandamento do amor e do serviço, essência da vida cristã.
Ao final da missa, a comunidade, convidada à vigília eucarística, seguiu Frei Paulo que transladou o Santíssimo até o salão da Ordem Franciscana Secular, na rua ao lado da Basílica.