Após três dias de preparação, a Comunidade Santa Rita celebrou sua Padroeira. Com o tema Rita de Cássia: a esperança não decepciona, os devotos refletiram o exemplo de vida da santa das causas impossíveis.
No dia da Padroeira, foram celebradas duas missas lotadas pela Comunidade. Às 19h aconteceu a missa solene, presidida pelo nosso pároco e reitor, Frei Paulo Henrique Romêro, que iniciou sua homilia agradecendo a todos, em especial à Comunidade, pelo trabalho realizado e por propagarem Santa Rita de Cássia, um exemplo vivo de que a fé pode transformar até as dores mais profundas em caminhos de luz e esperança.
O pároco lembrou que a vida de Rita foi marcada por sofrimento, perdas e desafios intensos. Esposa de um homem violento, mãe que enfrentou o luto e mulher que desejava, desde jovem, entregar-se totalmente a Deus, precisou esperar até que a vida lhe permitisse seguir esse caminho de amor.
“Mesmo diante dessas tantas adversidades, nunca se revoltou, pelo contrário, escolheu o caminho da oração, da paciência e da entrega. Sua santidade não se deu por uma vida sem dor, mas justamente pela maneira como ela respondeu à dor: com amor, perdão e uma fé inabalável”, ressaltou.
Para o frei, contemplar Rita é se sentir chamado a ver sentido onde parece não existir nenhum, a perdoar onde parece impossível, e a amar mesmo quando o coração está ferido. Sua história nos desafia a viver com mais fé, maior entrega, e a lembrar que, mesmo nas noites mais escuras da alma, Deus faz florescer milagres.
Santa Rita viveu situações que, aos olhos humanos, poderiam ter feito seus ramos secarem:  um casamento difícil, a morte violenta do marido, a perda dos filhos e a solidão. Porém ela não se abateu, uniu-se ainda mais a Jesus, permaneceu Nele e por isso deu frutos abundantes. Frutos do perdão, de paz, de fé viva e de perseverança. Ela nos ensina que a força para suportar as cruzes vem de estarmos unidos ao Senhor; a oração não é uma fuga, mas o alimento do ramo que quer permanecer vivo. Perdoar, mesmo o imperdoável, é possível quando nos deixamos conduzir pelo Agricultor divino, conforme destacou o pároco.
“Ela é chamada de Santa das Causas Impossíveis, não porque fazia milagres por si mesma, mas porque estava tão enxertada na videira, tão unida ao amor de Cristo, que Deus operava maravilhas através de sua entrega silenciosa, sua oração constante e sua fé inquebrantável. Nós estamos realmente ligados à videira que é Jesus ou vivemos como ramos soltos, esquecendo que sem Cristo nada podemos fazer? Que permaneçamos como Santa Rita mesmo nas tribulações da vida, que jamais nos separemos do Amor que nos sustenta e nos dá sentido a tudo, que é Jesus”, concluiu.
Após a celebração, os devotos saíram em procissão e ao retornarem houve a tradicional bênção e distribuição de rosas.