Basílica Menor de Santo Antônio do Embaré
Ordem dos Frades Menores Capuchinhos
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Diocese de Santos
A Família Franciscana celebra neste ano de 2025 os 800 anos do Cântico das Criaturas. A abertura oficial da programação aconteceu em Assis, na Itália, no dia 11 de janeiro. Com muita alegria, a Família Franciscana do Embaré, unida à Família Franciscana de todo o mundo, iniciou solenemente o jubileu no dia 16 de fevereiro.
A missa de abertura do jubileu, na Paróquia Santo Antônio do Embaré, foi presidida pelo nosso pároco e reitor, Frei Paulo Henrique Romêro, que em sua reflexão destacou que nesta vida somos peregrinos e forasteiros como nos recordou São Francisco.
O santo, conforme destacou o pároco, compôs um poema – Cântico das Criaturas – um ano antes de sua morte, o qual é um hino de louvor e gratidão a Deus, sobressai épocas, convidando homens e mulheres de todos os credos a se unirem em homenagem ao Criador. Explicou que o cântico surgiu em um momento de muita dor e dificuldade e a inspiração veio do Espírito Santo, por isso compôs belos versos. “São Francisco na sua humildade e pobreza nos convida a trazer Cristo para o centro de nossa existência. Nos convida a viver a humildade, a caridade para aqueles que sofrem”, prosseguiu.
Frei Paulo disse que nós, cristãos, não somos pessoas que se iludem com o imediatismo do mundo. Como homens e mulheres comprometidos com o reino dos céus – assim como São Francisco – acreditamos na vida plena que Deus reserva para todos os que O amam.
O Cântico das Criaturas é um belíssimo poema de amor ao Pai de toda a Criação, reflete a enorme gratidão de Francisco ao contemplar a presença de Deus em tudo o que existe. Apesar disso, por causa da ganância, atualmente o homem vem destruindo a natureza e vidas. A natureza tem dado resposta a toda destruição sofrida, tanto que a Campanha da Fraternidade deste ano é sobre a Ecologia, mostrando a necessidade de cuidados com a casa comum. O pároco afirmou que este tema se faz tão urgente nos dias atuais, justificando, após o término da celebração, um encontro dos irmãos da Ordem Franciscana Secular para discutir o assunto durante o Café Fraterno, com a presença de André Staudemeier Gonçalves, o coordenador diocesano da Pastoral da Ecologia.
Antes da bênção final, toda a assembleia rezou o Cântico das Criaturas:
Altíssimo, onipotente, bom Senhor, a ti o louvor, a glória, a honra e toda a bênção.
A ti só, Altíssimo, se hão-de prestar e nenhum homem é digno de te nomear.
Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas, especialmente o meu senhor irmão Sol, o qual faz o dia e por ele nos alumia.
E ele é belo e radiante, com grande esplendor: de ti, Altíssimo, nos dá ele a imagem.
Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã lua e as estrelas: no céu as acendeste, claras, e preciosas, e belas.
Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão vento e pelo ar, e nuvens, e sereno, e todo o tempo, por quem dás às tuas criaturas o sustento.
Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água, que é tão útil, e humilde, e preciosa e casta.
Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão fogo, pelo qual alumias a noite, e ele é belo e jucundo e robusto e forte.
Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa, e produz variados frutos, com flores coloridas, e verduras.
Louvado sejas, meu Senhor, por aqueles que perdoam por teu amor e suportam enfermidades e tribulações.
Bem-aventurados aqueles que as suportam em paz, pois por ti, Altíssimo, serão coroados.
Louvado sejas, meu Senhor, por nossa irmã a morte corporal, à qual nenhum homem vivente pode escapar.
Ai daqueles que morrem em pecado mortal! Bem-aventurados aqueles que cumpriram tua santíssima vontade, porque a segunda morte não lhes fará mal.
Louvai e bendizei a meu Senhor, e dai-lhe graças e servi-o com grande humildade.