Basílica Menor de Santo Antônio do Embaré
Ordem dos Frades Menores Capuchinhos
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Diocese de Santos
Visitar o Santuário Nacional de Aparecida é uma experiência sublime. Ao chegarmos à Casa da Mãe, sentimos uma energia que renova o coração e transborda em paz. Participar da Novena e da Festa de Nossa Senhora é um sentimento que não se explica — apenas se vive e se sente profundamente.
Em todo o Brasil, as igrejas compartilham esse mesmo amor, celebrando com alegria, louvor e gratidão a Mãe e Rainha do nosso povo. Nossa comunidade também exaltou a Mãe querida com um devoto tríduo e uma bela festa repleta de fé.
No dia 12, os fiéis se reuniram em oração na Basílica. Às 17h, rezaram o terço; às 18h, participaram da missa solene, seguida de procissão luminosa pelas ruas do bairro. A Basílica, repleta de devotos, foi tomada pela emoção. A imagem de Nossa Senhora Aparecida, ao ser conduzida ao templo, foi acolhida com lenços azuis e brancos, cânticos e lágrimas de fé.
A celebração presidida pelo nosso pároco e reitor, Frei Paulo Henrique Romêro, contou com palavras cheias de ternura e sabedoria. Ao iniciar sua homilia, recordou que, ao contemplarmos a Mãe do Céu, somos convidados a unir a História da Salvação à história simples e milagrosa que nasceu nas águas do Rio Paraíba do Sul. “Maria é a Mãe de Deus que se fez próxima do povo brasileiro. Portanto, é dia de festa, de esperança e de fé”, destacou o frei.
Frei Paulo relembrou o episódio de 1717, quando três pescadores lançaram suas redes no Rio Paraíba e encontraram primeiro o corpo e depois a cabeça de uma pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição. A partir desse encontro, uma torrente de bênçãos passou a jorrar sobre o povo. “A Mãe se fez presente, pequena e negra como o barro das águas do rio, identificando-se com os pobres e esquecidos”, ressaltou.
Na liturgia, o sacerdote explicou que Maria é apresentada em duas dimensões complementares: Rainha gloriosa e Mãe atenta às necessidades humanas. A primeira leitura recordou a mulher corajosa e intercessora, enquanto a segunda revelou Maria glorificada, revestida da glória de Deus — sinal de vitória, resistência e amor. “Nossa Senhora Aparecida é essa mulher do Apocalipse que se faz presença entre nós, mostrando que, apesar das forças contrárias, o amor de Deus vence sempre”, afirmou o frei.
Comentando o Evangelho das Bodas de Caná, frei Paulo destacou que Maria não realiza o milagre, mas aponta para Jesus, dizendo: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.
Essa frase, disse o sacerdote, resume o caminho da fé: perceber o que falta, levar a Jesus e obedecer à Sua Palavra. Assim como nas águas turvas do Rio Paraíba nasceu a fé de um povo, também em nossa vida o Senhor transforma o vazio em abundância e a dor em esperança. “Nossa Senhora Aparecida é a Mãe que se revela nas pequenas coisas, na vida simples, na fé do povo. Ao olhar para sua imagem, lembramos que Deus continua escolhendo os humildes para realizar grandes obras”, afirmou com emoção.
Ao concluir a homilia, frei Paulo convidou todos a entregarem suas famílias, o país e a Igreja sob o manto azul de Nossa Senhora, pedindo que cada fiel experimente, como em Caná, o milagre do vinho novo da graça e da alegria que só o amor de Deus pode dar.
Encerrada a missa, os devotos saíram em procissão pelas ruas do bairro, cantando e rezando com fervor. Ao retornarem à Basílica, a imagem da Mãe Aparecida foi acolhida sob uma chuva de pétalas de rosas. Em clima de profunda emoção, todos rezaram a consagração à Padroeira do Brasil.
Fortalecidos na fé e na esperança, os fiéis voltaram para suas casas com o coração cheio do amor materno de Nossa Senhora Aparecida, certos de que a Mãe continua intercedendo e conduzindo o povo brasileiro aos braços do seu Filho Jesus.
Consagração a Nossa Senhora Aparecida
Ó Maria Santíssima, pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo, em vossa querida imagem de Aparecida, espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil.
Eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado a vossos pés, consagro-vos o meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis; consagro-vos a minha língua para que sempre vos louve e propague a vossa devoção; consagro-vos o meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas. Recebei-me, ó Rainha incomparável, vós que o Cristo crucificado deu-nos por Mãe, no ditoso número de vossos filhos e filhas; acolhei-me debaixo de vossa proteção; socorrei-me em todas as minhas necessidades, espirituais e temporais, sobretudo na hora de minha morte. Abençoai-me, ó celestial cooperadora, e com vossa poderosa intercessão, fortalecei-me em minha fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda eternidade.
Assim seja!
Amém.