Basílica Menor de Santo Antônio do Embaré

Ordem dos Frades Menores Capuchinhos

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Diocese de Santos

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Quem foi Santo Antônio?
BASÍLICA 18-10-2019

Primeiros anos em Lisboa

Santo Antônio nasceu em Lisboa, Portugal, em 1195. A tradição indica a data de 15 de agosto. Filho de pais nobres, sabe-se que Antônio foi batizado com o nome de Fernando. Ele passa os primeiros anos de formação sob a orientação dos cônegos da catedral. Foram anos preciosos para sua formação e discernimento.

1210 - 1220: Em São Vicente e Coimbra

Aos 15 anos, entrou no convento agostiniano de São Vicente, fora dos muros de Lisboa, para se juntar ao projeto de consagração a Deus que amadurecera. Neste convento, Fernando mora por cerca de dois anos. Então, para evitar as distrações causadas por amigos e parentes da cidade e com a permissão dos religiosos, ele se muda para Coimbra, na época a capital de Portugal, onde se ergue outra abadia dos cônegos agostinianos.

Fernando permanece em Coimbra por 8 anos, aprofundando sua formação religiosa e dedicando-se ao estudo das ciências humanas, bíblicas e teológicas: os frutos deste estudo farão dele um dos eclesiásticos mais instruídos da Europa no início do século XIII.

Com apenas 25 anos, Fernando foi ordenado sacerdote.

1220: O Seguimento Franciscano

Em 1220, Fernando entra em contato com os frades menores, religiosos animados por Francisco de Assis, na distante Itália. Na ocasião, as relíquias de cinco missionários franciscanos torturados e mortos no Marrocos são levadas para Coimbra, na igreja da Santa Cruz, onde Fernando estava. O provável contato mais aprofundado com os primeiros franciscanos que chegaram a Portugal é deste período.

Para surpresa de todos, em setembro de 1220, Fernando decide deixar os Cônegos Agostinianos para se juntar aos seguidores de Francisco de Assis. Nesta ocasião, ele abandona o antigo nome (Fernando) para assumir o nome de Antônio.

Antônio amadurece uma forte vocação para a missão e, em particular, para o martírio: e com esse ideal ele parte para o Marrocos.

1220 - 1222: Da África para Assis

Chegando ao Marrocos, Antônio contrai uma doença grave: ele fora forçado a descansar e não podia pregar. Depois de algum tempo, só lhe resta se render à vontade de Deus e voltar para Portugal. Mas o navio no qual ele embarca para o retorno é empurrado por ventos contrários até a Sicília.

Após uma convalescença de alguns meses, ele vai para Assis: uma oportunidade favorável para conhecer Francisco de Assis, que no Pentecostes de 1221 havia convocado todos os frades. Foi uma reunião simples, mas capaz de confirmar a escolha de Antônio no seguimento de Cristo por meio da fraternidade e minoria franciscana.

Antônio é convidado para ir a Romanha, no eremitério de Montepaolo, para se dedicar à oração, mediação e humilde serviço aos confrades.

1222 - 1227: Pregações na Itália e na França

Em setembro de 1222, foram realizadas ordenações sacerdotais em Forlì. Segundo a tradição, o pregador convidado para a ocasião estava ausente e Antônio  é convidado a substituí-lo: é a revelação de seu talento como pregador. Apesar de estrangeiro, suas palavras revelam sua profunda cultura bíblica e  simplicidade de expressão.

A partir desse dia, Antônio é enviado às ruas do norte da Itália e do sul da França para animar com sua pregação do Evangelho, o povo de países, muitas vezes confundidos pelos movimentos heréticos da época. Antônio também pregara palavras de correção para a decadência moral de alguns membros da Igreja.

No final de 1223, Antônio também é convidado para ensinar teologia em Bolonha, uma tarefa que ele realizou por dois anos. Santo Antônio está, portanto, entre os primeiros frades menores dedicados ao ensino de teologia, recebendo para isso a aprovação de São Francisco pessoalmente.

Sabe-se que em 1226, Antônio estava em Limoges, França; não tem-se informações claras sobre o horário de retorno à Itália. No entanto, as hagiografias indicam sua presença em Assis no Capítulo Geral dos Frades Menores em 30 de maio de 1227.

1227 - 1230: Ministro Povincial

Antônio, pelos talentos que demonstrara a serviço do Reino de Deus, também recebe o cargo de ministro provincial do norte da Itália, provavelmente no período de três anos 1227-1230. A tarefa envolvia a visita de vários conventos no norte da Itália. Antônio, então, demonstra sua preferência pela cidade de Pádua e pela pequena comunidade franciscana na igreja simples de Santa Maria, Mãe de Deus.

Nesta cidade, Antônio fizera algumas estadias curtas: a primeira, entre 1229 e 1230; o segundo, entre 1230 e 1231, durante a qual o santo viera a falecer. Embora o período seja relativamente curto, Antônio estabelece um vínculo muito forte com esta cidade.

L’Assidua, a primeira biografia de Santo Antônio, afirma que ele escreveu seus Sermões aos domingos durante sua estadia em Pádua. Embora as notícias não sejam inteiramente fundamentadas, é certo que este texto volumoso (dirigido em particular aos confrades para treiná-los para a pregação) expressa bem a grande ciência teológica do religioso que, após a canonização, também recebe o título de Doutor da Igreja.

1230 - 1231: O Testamento Espiritual

O profundo compromisso de Antônio na pregação e no sacramento da reconciliação durante a Quaresma de 1231 pode ser considerado seu grande testamento espiritual.

1231: A Morte

Os trabalhos da Quaresma desgastam um físico já cansado. Depois da Páscoa, Antônio aceita se aposentar com outros confrades em Camposampiero (uma cidade a poucos quilômetros de Pádua) na hospitalidade do conde Tiso. Ele pede, no entanto, que um abrigo simples seja adaptado acima de uma grande nogueira, onde ele passa os dias contemplando Deus e dialogando com as pessoas humildes da vila rural. É durante essa permanência que Jesus, quando criança, visita e conversa com ele, como o conde Tiso pode testemunhar.


Em uma sexta-feira - 13 de junho de 1231 - Anônio está doente. Ele é colocado em um carrinho puxado por bois e é transportado para Pádua, onde ele próprio pede para morrer. No entanto, tendo chegado a Arcella, uma vila nos portões da cidade, murmurando as palavras "Eu vejo meu Senhor", Antonio falece com cerca de 36 anos.

Depois de alguns dias, com funerais solenes, Antonio é enterrado em Pádua, na pequena igreja de Santa Maria, Mãe de Deus, seu refúgio espiritual em tempos de intensa atividade apostólica.

Um ano após sua morte, a devoção dos paduanos e a fama de muitos prodígios realizados convencem o papa Gregório IX a ratificar rapidamente a canonização e proclamá-lo santo em 30 de maio de 1232, apenas 11 meses após sua morte.


A Igreja proclamou Santo Antônio de Pádua "Doutor da Igreja Universal" em 1946, com o título de Doutor do Evangelho.

Reconhecimento

Santo Antônio foi enterrado em Pádua, na pequena igreja de Santa Maria Mãe de Deus, terça-feira, 17 de junho de 1231. Provavelmente o corpo não foi enterrado, mas permaneceu um pouco elevado em uma urna de mármore, para que os devotos, cada vez mais frequentes e numerosos, pudessem ver e tocar a tumba da arca.

Ao longo dos séculos, por diferentes razões, a tumba foi aberta e suas relíquias se moveram em três ocasiões:

Reconhecimento e Transladação de 1263
O reconhecimento e transladação mais importantes ocorreram em 8 de abril de 1263, quando o corpo foi transferido para a igreja, a Basílica, que havia sido construída em sua homenagem. Bonaventura de Bagnoregio, então ministro geral dos franciscanos, presidiu a cerimônia.

Ao examinar os restos mortais, antes de colocá-los em uma nova caixa de madeira, ele percebeu que a língua do santo continuara incorrupta. A essa descoberta, Bonaventura exclamou: "Ó língua bendita, que sempre louvaste e fizeste louvar ao Senhor, agora se vê como foram grandes os teus méritos junto de Deus!"

Transladação de 1310
Outra transladação segura ocorreu em 14 de junho de 1310, quando os restos sagrados foram solenemente transportados para a nova capela dedicada ao Santo.

Em 14 de fevereiro de 1350, o cardeal Guido de Boulogne veio a Pádua para pagar uma promessa ao santo (ele fora curado da peste negra) e doar um relicário precioso no qual a mandíbula do santo foi colocada.


Reconhecimento e exibição de 1981
Uma importante investigação sobre os restos mortais do santo foi iniciada em 6 de janeiro de 1981, por ocasião do 750º aniversário da morte de Santo Antônio. Uma comissão religiosa e uma comissão técnico-científica, ambas nomeadas pela Santa Sé, supervisionaram a abertura do túmulo e examinaram o que encontraram lá. Uma vez removida uma laje lateral de mármore verde, foi encontrada uma grande caixa de madeira de abeto, envolvida em cortinas preciosas.

Continha outro estojo de madeira menor, em que em vários pacotes, dispostos em três compartimentos, embrulhados em cortinas preciosas e com escritos indicativos, havia:
- o esqueleto, com exceção do queixo, do antebraço esquerdo e de outras partes menores,
- a batina,
- a "massa corporis", ou seja, as cinzas: aqui foram identificadas as partes frágeis do aparelho vocal do santo, quase para reconfirmar o prodígio da linguagem incorruptível.

Os restos de Santo Antônio foram remontados em uma urna de cristal e exibidos, da noite de 31 de janeiro à noite de domingo, 1º de março de 1981 (durante um total de 29 dias), à veneração dos devotos. Foram mais de 650.000 pessoas a visitar o local.

No final da exposição, a urna de cristal foi fechada em um caixão de carvalho e colocada no altar-túmulo centenário da capela dedicada a Santo Antônio.

Alguns achados, em particular o manto e as relíquias do aparelho vocal de Santo Antônio, ainda são exibidos na Capela das Relíquias.


Exposição de 2010
Finalmente, em fevereiro de 2010, por seis dias os fiéis puderam venerar os restos mortais de Santo Antônio expostos na Capela das Relíquias da Basílica do Santo, antes do seu retorno à Capela da Arca, quando a restauração que começara em 2008, terminou.


Resultado: cerca de 200.000 peregrinos chegaram à Basílica e 150.000 orações foram deixadas na tumba, para confirmar mais uma vez, se necessário, o amor do povo pelo nosso querido santo.

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