Quem frequenta a tradicional quermesse da Paróquia Santo Antônio do Embaré e se encanta com os quitutes, muitas vezes não tem conhecimento dos bastidores da festa. O trabalho começa bem antes de sua inauguração, quando os freis preparam as compras dos ingredientes e embalagens e as pastorais recrutam os voluntários e os distribuem em equipes, dependendo da disponibilidade e habilidade de cada um. Esse pessoal trabalha em turnos (do dia ou da noite) para preparar, vender e servir as delícias típicas da época. Apenas no Dia de Santo Antônio (13/6), quando a quermesse funciona também pela manhã e à tarde, muitos trabalham em mais de um turno, buscando garantir que a festa do padroeiro tenha o melhor atendimento possível.
O caldo verde, por exemplo, um dos mais apreciados na festa, é preparado por senhoras que com muito amor, apesar da idade – algumas com mais de 70 anos –, detalhadamente cortam a couve bem fininha, assim com os outros ingredientes do prato. Paula, com 94 anos, como toda a equipe, chega com entusiasmo para iniciar seu trabalho e com muito carinho corta a couve como ninguém. Enquanto isso, Carmem e Cecília preparam o caldo com tempero especial. O mesmo ocorre em todos os outros setores, como o do pastel (também muito apreciado), onde a equipe faz os recheios e monta os pastéis, contando com a experiência da Marta e da Neide para serem fritos na hora da festa.
Também os doces são preparados pela equipe da Dona Zélia que com muita disposição recheia e faz a cobertura dos bolos e tortas.
A equipe do vinho quente e do quentão, orientada pelo Agostinho, toma todo o cuidado para que as bebidas fiquem no ponto certo. No churrasco, outro carro-chefe da festa, não falta empenho e dedicação da equipe da Comunidade Santa Rita para que tudo fique ao gosto dos frequentadores.
Todos com alegria se dividem no serviço onde houver necessidade. Descascam batatas, cortam cebola, pinhão, linguiça, além de empacotar as torradas e os talheres que acompanham o caldo verde. Onde houver trabalho este grupo está presente para que, ao anoitecer, as equipes responsáveis pela venda e por servir os quitutes encontrem tudo muito bem-organizado. Todo trabalho é realizado com amor a Santo Antônio. Como diz Dona Zélia: “Ele merece!”.