Celebramos, no terceiro domingo do mês vocacional, a Assunção da Virgem Maria, aquela que, durante toda a sua vida, deu testemunho de fé no louvor a Deus e se dedicou ao serviço ao próximo. Essas suas duas características marcantes foram ressaltadas durante a cerimônia que lotou a Basílica do Embaré e também lembrou a vocação da vida consagrada. Ao dizer sim ao convite de Deus, Maria se tornou o sinal da nova humanidade, transformou-se no sacrário vivo do filho de Deus e em sua primeira discípula.
Nosso pároco e reitor, Frei Paulo Henrique Romêro, afirmou que a solenidade da Assunção de Maria é a maior de todas as festas marianas, pois mostra a meta final do nosso caminho: a comunhão com Deus, a vida definitiva. “Ao terminar seus dias de peregrinação terrestre, Maria entrou na glória de Deus de corpo e alma. Como não é deusa, ela não se salvou por si mesma, mas, na plenitude de Cristo, recebeu a salvação e foi elevada de corpo e alma aos céus. A assunção de Maria é consequência de sua união perfeita com seu Filho, Jesus”, explicou.
É a etapa final do longo caminho, responsável e comprometido, da maternidade e do serviço de cooperação de Maria ao lado do Salvador. É a conclusão existencial da sua missão. Ela foi a primeira a ser chamada a alcançar a união e a conformidade na glória do Senhor ressuscitado e glorioso. “A assunção de Maria é estímulo e ponto de referência que também nós podemos realizar nosso caminho rumo ao aperfeiçoamento final para alcançarmos a glória da vida eterna e definitiva com Deus”, ressaltou.
Segundo Frei Paulo, o fato de Maria ser humana, um de nós, e ter ascendido aos céus em glória total, nos dá a garantia de que as promessas de Cristo se realizarão. É como um documento consolador sobre o nosso futuro. Maria é nossa mãe que já alcançou o objetivo, tendo apenas nos precedido no seu destino. O seu fim envolve todos nós, reanimados por este sinal, esperamos nosso fim, não de modo passivo ou alienante, mas no esforço concreto do nosso cotidiano. “Portanto, a celebração da festa da assunção da mãe do Senhor nos convida a olhar este dogma mariano no quadro global da história da salvação como uma realidade que nos diz respeito bem de perto”, destacou o pároco.
Vida consagrada
No mesmo domingo da celebração da assunção de Maria, que é a verdadeira fonte de fé, as preces e orações também foram dedicadas à vocação da vida consagrada; aos religiosos e religiosas que, um dia, deixaram tudo para trás com a finalidade de seguir Jesus de maneira mais profunda.
A origem da vida consagrada está no seguimento de Jesus Cristo, a partir da profissão pública dos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência. “Por isso, de modo especial, rezemos pelas vocações religiosas. E, humildemente, peço a vocês que rezem especialmente por mim e por meus confrades, Frei Eduardo e Frei Ernani, que aqui estamos formando uma comunidade com todos vocês. Que pela oração em nosso favor, Deus possa nos dar força, ânimo, coragem e perseverança para continuarmos caminhando nos passos de Jesus e de sua Igreja, fazendo o bem e multiplicando a paz”, disse frei Paulo.
Abordando o Evangelho proclamado, o pároco destacou que São Lucas apresentou o encontro de duas mães que se preparavam para trazer vida nova ao mundo. Um dos filhos se consagrou como a renovação da esperança da promessa messiânica e o outro, como a própria esperança encarnada, o próprio Deus feito homem. Fato que nos convida a cantar o Magnificat, o Cântico da Esperança.
“Ao celebrarmos essa solenidade da Assunção de Nossa Senhora, que possamos acompanhar Maria em seu Cântico e reconhecer que Deus fez grandes coisas em Maria e com Maria. Concebida sem pecado, sua Assunção é o efeito de toda uma vida entregue totalmente a Deus, que nela, e através dela, realizou maravilhas. Unamos nossas vozes à voz de Isabel que proclamou: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!’”, concluiu.
