Basílica Menor de Santo Antônio do Embaré
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Diocese de Santos
O Grupo de Jovens Fênix recebeu no dia 24/08 o médico Urologista, Guilherme Stirmer, para conversar sobre Bioética à luz da fé católica. O evento foi realizado no Salão da Ordem Franciscana e contou com a presença de 40 jovens que, com muito interesse, interagiram com o especialista.
Dr. Guilherme explicou que a bioética é uma ética da vida, é um vocábulo de certa forma novo que surgiu em 1927 e depois acabou se tornando mais abrangente. O vocábulo é recente, mas as normativas em relação ao que é certo já existe desde o início da humanidade.
Segundo o médico, como católico não tem como deixar de levar a sua fé para o consultório, porque a princípio estamos falando da bioética à fé da luz católica. “Mas não é fé da luz católica, é fé da luz natural. Eu tenho que levar o catolicismo para todas as minhas ações, para tudo que eu faço”, explicou.
Para o urologista, o vocábulo ‘bioética católica’ é ruim, pois na verdade há uma regra geral. Há uma ética normativa que gerencia a fé na luz natural. O princípio ordenador de tudo isso é aquilo que o Criador tem como correto e que foi revelado a partir de Jesus. A bioética se embasa basicamente na revelação que foi difundida ao longo dos séculos e com a vinda de Cristo isso foi melhorado e interpretado pelo magistério da Igreja.
Início e fim da vida
Referente à posição da Igreja sobre o início da vida, especialmente em questões como aborto e reprodução assistida, o médico explicou que a obra prima da humanidade é a alma humana. “A alma humana é a criação mais perfeita que existe e vale mais que o universo, porque a partir dela nós nos aproximamos de Deus. A nossa alma é imaterial, eterna, isso se assemelha muito com o divino, o Criador, que é eterno, imaterial. Toda vida é importante, nenhuma é mais importante que a outra. Ela tem uma dignidade acima de todas as vidas do universo”, prosseguiu.
Quando o paciente ou a família deseja uma opção contrária aos ensinamentos católicos, o especialista contou que, hoje em dia, o profissional pode se negar a fazer aquilo que vai contra a sua consciência, que é chamado de objeção de consciência. Ele citou como exemplo a cirurgia de vasectomia, que ele não realiza, porque vai contra aquilo que o Criador nos impõe. Ele explica ao paciente, de forma correta, que por não ser uma situação de urgência, emergência, o paciente, caso deseje realizar o procedimento, pode procurar outro médico.
Já em relação ao fim da vida, Dr. Guilherme ressaltou que nós não estamos acima de quem nos deu a vida e que só Deus pode tirá-la. “Nós temos que fazer a ortotanásia, deixando que o paciente venha a falecer quando Deus quiser. Nós não podemos abreviar a vida porque queremos, isso quem decidi é Deus”, comentou.
Para o Dr. Guilherme, os médicos católicos devem estar antenados aos avanços tecnológicos para que consiga interpretar a moralidade dessas novas tecnologias perante a Igreja Católica. Tendo um bom embasamento em relação ao que é correto, o que é verdadeiro, se consegue interpretar se essas novas tecnologias têm benefício para o ser humano ou não.